quarta-feira, 6 de junho de 2007

Fútil e sem solução

Clarice Lispector estava à frente do nosso tempo, não tenho dúvida.

E ontem eu conheci a risada dum rapazinho chamado Arbex. O cara parece ser interessante, mas aquela risadinha... muito forçada. E toda vez que ele fazia uma ironia ele dava aquela risada, como se os presentes não fossem percebê-las. Irritante...

Cheguei à conclusão de que o caminho para fora da garrafa é, realmente, não pensar. Eu sei que já disseram isso antes de mim, mas agora acho mesmo que todos esses infartos poderiam ter sido evitados se as pessoas pensassem menos. Sabe, eu não sou nenhuma cientista, mas isso é uma descoberta e tanto. Sem remédios, sem terapia. Poderiam dizer que não pensar é apenas uma fuga, mas, por que isso é ruim? Nós nascemos, crescemos, arrumamos problemas. Aí temos duas opções: ficarmos preocupados tentando achar uma solução OU fugir. Sentar na frente da TV, tomar calmantes, ver Goya no Masp. A segunda opção me parece mais sensata. Até porque, se pensarmos bem, nossos problemas, geralmente, são de dois tipos: os fúteis e os sem solução. Deixe-me mostrar:

Fome no mundo: sem solução.
Problemas com os negócios: fútil (não seja materialista!).
Problemas com as gordurinhas abdominais: ambos, fútil e sem solução.

Um comentário:

Maclá disse...

É Ye... viver é pensar e por consequência caçar problemas.
O que seria dos filósofos se não existissem os problemas sem solução? E o que seria da gente sem a futilidade? rs
Ah, poxa, Ye... "rapazinho chamado Arbex"? Fala sério, né?