segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
poeminha engraçado. foto de Alessandro Casemiro.
Auto-perfil
Nazaré Breeman
Cafuza meio confusa
A mente, um tanto difusa
epiderme cinza-pálido
olhar quase esquálido,
mamas cor-de-açaí
vulva amarelo-tucupi
Coxas gelatinosas,
pernas estilo siri
Duas bocas bem gulosas,
traseiro: um tipiti*
*tipiti: Mini - Aurélio: S. m. [Do tupi]. Cesto cilíndrico, onde se põe a mandioca que se vai espremer.
Perdi a mão. O chão também.
Pensar para escrever não dá certo. Tenho de escrever pra pensar. Pra não sair pensando besteira. Só que aí a rotina não me deixa escrever. E o resultado tá aí, pra todo mundo ver.
Vou ter que colocar uma calça, pra ver se paro de espirrar.
Estou falando muito “mano” ultimamente. Resultado de minhas escolhas. Assistir Tropa de Elite, Ônibus 174 e Notícias de uma Guerra Particular em uma semana tem lá suas conseqüências. Você torce por um torturador, tem pena do seqüestrador, chora, dá risada. Mas, principalmente, você sente muito medo. E posso dizer, com a maior sinceridade, que não é medo de que amanhã ou depois eu seja assaltada, que a violência bata à minha porta. Não é. Sinto medo pela minha família, claro, mas não é desse medo que eu estou falando. To falando daquela coisa ruim que eu senti, especialmente quando eu vi o ônibus 174. Um amargo, uma tristeza, um “não tem jeito” que invade a gente. É bem aquela frase do meu perfil do orkut. Que deus me livre da consciência.
Para a minha infelicidade, não é bem assim. Os filmes, os olhares, os pedidos. Os gritos, as músicas, as palavras de ordem. A voz que sobe o tom. Tudo me forma. E de nada posso me livrar. Não posso me desfazer do que ouvi, do que aprendi, do que li. Não sou imune. Gostaria de ser, é certo. Mas tudo, de alguma forma, lateja.
Não faço caso. O sono, o tesão o riso me invadem. O sono, o tesão e o riso já são rotina. Às vezes dá, às vezes não. Sempre voltam.
Você vê o filme, se emociona e fica mal. Depois vai ler um livro, mexer na internet.
Surge uma polêmica, você discute, se comove e pega a condução pra casa, vai se encontrar com a cama macia.
Você lê a notícia, se surpreende e acaba na cama, falando sacanagem.
Coisa boa essa, a sacanagem.
domingo, 16 de setembro de 2007
quintas-feiras
Aquele sentimento absurdo e invasor, estimulante. Não sei bem o que é, só sei que de repente tudo e todos se tornam “interessantes”.
O homem de cabelos desarrumados, barba, voz grave e inconformada.
Ou o velho, também barbudo, mas já tomado pelos cabelos brancos. Ele usa pantufas em casa e tem muitos, mas muitos livros. Não é tão velho assim, afinal.
A moça de cabelos muito lisos, jeito infantil e inusitado, saias e blusas que contornam o corpo de maneira imprópria.
As palavras. Essas meninas abusadas que se assanham diante de mim. Como num parque dos desejos, elas passeiam se oferecendo, faceiras, libertinas, de ombros estreitos. Podem se tornar o melhor e o pior da noite.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
joelhos
Meus joelhos lhe pertenciam.
domingo, 12 de agosto de 2007
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pra que plural?
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mas pensando bem, até que faz sentido. Se alguém ler isso, já seremos dois e, portanto, mereceremos um s ao final de cada palavra. Se não for lida, tudo bem também, porque não poderei ser corrigida. Odeio ser corrigida.
Sejamos sinceros, para não sermos violentos. O último post foi, como os anteriores, bem down. Não sei se deveria usar uma palavra inglesa mas, que diabos! (elas nunca vêm sozinhas). Enfim, cabe bem aqui. Os posts estão demasiado intimistas e tristes. Se fossem bem escritos ao menos, mas não são.
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gostei dessa história de pontinho. para quem não entendeu, eles significam: "estou pensando no que escrever"
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queria escrever algo alegre, animado, pra cima (up aqui não dá). Mas acho que descobri (mais uma) limitação.
não que esteja triste.
só preocupada mesmo.
e sensível, como os tempos de tpm devem ser.
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já que meu intento não é realizável, resta-me dizer:
Vida Nova, Café Novo. e de todos os tipos e de graça.
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escrever é vaidade. vaidade pura, agora eu sei.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
té mais.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
shaking
E estou diante de uma daquelas grandes mudanças da vida. Ah, como eu odeio isso. Mudar de escola, de casa, de trabalho. Mudar, simplesmente. Pra melhor, pra pior, tanto faz. O meu Sistema Nervoso não tá nem aí pro que eu quero.
E, sei lá, devo ter sorte.
*sinônimo graciosamente concedido pela Microsoft. O original era voluptuosos. DIGA SIM AOS DIREITOS AUTORAIS. hi.
quarta-feira, 27 de junho de 2007
lágrimas pra que te quero
quarta-feira, 20 de junho de 2007
rumo ao pó!
(coloquei aspas por razões óbvias... não fui eu quem escreveu isso daí)
"Arrogante, mesquinha.
Uma podridão que grita de vez em quando
Que vergonha de me olhar
Que dor bem disfarçada
Que terror das chagas que inutilmente tento esconder
O inferno sou eu
A esperança
Prova da infelicidade
Do incômodo de ser
A borboleta verde-limão
Há muito morreu e desde então apodrece dentro do estômago imenso
Morrerei, em algum dia distante
sozinha"
terça-feira, 19 de junho de 2007
Aprendi o significado da palavra "objetivo" no WAR
Depois eu paro e penso que, se aquilo se repetir, vou procurar um médico.
Um psiquiatra.
A kate moss é a mulher mais perfeita, se é que existem escalas de perfeição. Ela foi escolhida pelo Satanás para arrastar milhares de garotas para o Inferno, onde serão obrigadas a comer toneladas de carne de porco gordurosa diante de um grande espelho.
E, quando criança (lá pelos meus 16 anos), eu tinha muita vontade de falar “diabo”.
Seus pés tinham os dedos amassados, calejados. Eles se resumiam em dor e sofrimento. Para ela, no entanto, era sacrifício. A beleza justificaria a dor.
O paraíso justificaria a auto-flagelação.
A vitória justifica a morte, as mortes, o genocídio.
Uma sociedade melhor não justifica trânsito. PORRA!
quarta-feira, 13 de junho de 2007
ws
e, quando eu menos esperava, alguém me amou.
e me cuidou.
Fez minha teoria ir por água abaixo... e eu cansei de teorizar.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
segunda feliz
Não fui pro JUCA (-)
Fiz pouco sexo (-)
de qualidade (+)
Coloquei minha medula à disposição (+)
Fiquei com o braço roxo (-)
Assisti Dançando no Escuro e V de Vingança (+)
Comi pizza, fogaça e chocolate (+)
As calorias se instalaram (-)
Dei risada com velhos amigos (+)
Não vi os amigos da EKS (-)
Conversei muito com mamãe e papai (+++)
Vi minhas duas vozinhas (+)
Sei que o feriado acabou, mas... acabei de ganhar um Kg de chocolate suiço (++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++)
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Fútil e sem solução
E ontem eu conheci a risada dum rapazinho chamado Arbex. O cara parece ser interessante, mas aquela risadinha... muito forçada. E toda vez que ele fazia uma ironia ele dava aquela risada, como se os presentes não fossem percebê-las. Irritante...
Cheguei à conclusão de que o caminho para fora da garrafa é, realmente, não pensar. Eu sei que já disseram isso antes de mim, mas agora acho mesmo que todos esses infartos poderiam ter sido evitados se as pessoas pensassem menos. Sabe, eu não sou nenhuma cientista, mas isso é uma descoberta e tanto. Sem remédios, sem terapia. Poderiam dizer que não pensar é apenas uma fuga, mas, por que isso é ruim? Nós nascemos, crescemos, arrumamos problemas. Aí temos duas opções: ficarmos preocupados tentando achar uma solução OU fugir. Sentar na frente da TV, tomar calmantes, ver Goya no Masp. A segunda opção me parece mais sensata. Até porque, se pensarmos bem, nossos problemas, geralmente, são de dois tipos: os fúteis e os sem solução. Deixe-me mostrar:
Fome no mundo: sem solução.
Problemas com os negócios: fútil (não seja materialista!).
Problemas com as gordurinhas abdominais: ambos, fútil e sem solução.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
A melhor profissão do mundo
a) não ter final de semana e nem direitos trabalhistas
b) ganhar ingressos de shows e ir nas melhores festas
c) ser processado quando se está errado e quando se está certo
d) enganar as pessoas
e) lamber o cu dos anunciantes*
* anunciantes, nessa questão, não são considerados "gente".
choco choco chocolate
e a dor
oscilações de humor
e um abraço apertado
agulhas e saúde malemá
e dormir
pra esquecer das discussões
cada vez mais bestas.
o sono acaba, a cachaça atrapalha
o chocolate é o meio e o fim de todas as coisas.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Vergonha
Carta para a Rede Record, sobre programa transmitido no dia 22/05/2007:
“A matéria mostrava diversas cenas de dentro da reitoria, como os alunos fazendo cartazes, com a narração do repórter acompanhando cada cena. Dentre várias imagens da ocupação, apareceu uma em que os alunos escorregavam por rampas "alagadas". A narração do repórter foi: "alunos brincam nos corredores". O fato é que aquela imagem não é da reitoria. Aquela rampa, onde os alunos de fato brincavam, está localizada no prédio de História, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. O episódio aconteceu em um dia de chuva, meses atrás, em que as aulas tiveram de ser canceladas, justamente porque as salas alagaram, atestando a estrutura deficiente do prédio.
É um absurdo que aquela cena estivesse ali, em meio a uma reportagem sobre a ocupação da reitoria. É uma prova da falta de responsabilidade e, pior, da falta de ética dos repórteres e editores envolvidos na feitura da matéria. O que resta saber é se aquela cena foi colocada ali por pura negligência, devido a não checagem de informações, ou se ela estava ali intencionalmente, numa tentativa de prejudicar a imagens dos alunos que protestam dentro da reitoria.”
Carta para a Rede Bandeirantes, sobre programa do dia 23/05/2007:
“Eu estava justamente interessada em saber como iam os protestos marcados para acontecer na Paulista. Então veio a chamada, dizendo que o helicóptero do programa estava sobrevoando a região. Os âncoras e o repórter do helicóptero começaram então uma discussão sobre o protesto, que naquele momento reunia professores, funcionários públicos e estudantes contra a emenda 3 e contra a defasagem do ensino público no Estado, entre outras coisas. O que aconteceu foi uma seqüência de palavras impensadas e desrespeitosas, além de mentirosas. Primeiro o âncora José Nello Marques perguntou quantas pistas o protesto estava ocupando. A resposta foi incorreta, porque era visível que os protestantes estavam no vão do Masp e que o carro de som estava na calçada. Era possível ver os ônibus circulando pela faixa reservada a eles, a da direita, justamente a que o repórter do helicóptero afirmou estar ocupada pelo protesto. O âncora respondeu que aquilo era um absurdo, porque a avenida é um corredor de ambulância. Mesmo que estivesse ocupando uma pista (o que não acontecia naquele momento) ainda sobrariam 3 pistas para a passagem de ambulâncias, o que torna a fala do apresentador uma insensatez, mesmo aos ouvidos mais desatentos. A âncora Silvia Vinhas completa: “É o coração da cidade!”. O que ela quis dizer com isso? Que o povo não deve protestar no “coração” da cidade?
(...)
Depois o repórter ainda completou que estava acontecendo no vão do Masp um atendimento gratuito em prevenção ao glaucoma, que teve der interrompido por causa da manifestação. Foi um problema? Sim, é claro. Mas, em vez de discutir, de questionar porque o atendimento foi interrompido, de perguntar se ele seria transferido para outro lugar ou para outro dia (prestando um serviço aos que assistiam), o âncora José Nello preferiu continuar seu impensado ataque aos protestantes: “Parabéns professores, parabéns, olha aí o que vocês fizeram, parabéns”. Essa mesma frase foi repetida diversas vezes, à exaustão. Ele ainda continuou, incentivando os professores a descerem a Rebouças em direção à USP, para que pudessem se juntar aos alunos que ocupam a Reitoria e fazer “baderna juntos”.
(...)
Ser contra a manifestação de professores, funcionários públicos e estudantes é outra, é colocar-se contra a liberdade de expressão, que é justamente o instrumento mais precioso do jornalismo. O jornalismo tem como função informar e fiscalizar o poder. Em vez de condenar os manifestantes, o povo que se levantou para lutar pelos seus direitos, seria mais ético, mais digno, discutir a razão desse levante.
(...)
Não é preciso nem condenar, nem absolver. É preciso discutir.”
terça-feira, 22 de maio de 2007
pontos soltos
Poema em linha reta foi pra mim como um soco que não doeu. Como rancar alguns fios de cabelo. Uma dor que, se existiu, foi superada pela surpresa.
Viemos apenas olhar o campo, comer de frutos e dos homens sentir o fedor. Somos como visitas mal educadas, que não deixaram pra cagar em casa.
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Título
É porque eu quero muito ser romântica que eu não consigo me completar.
Hoje não vou escrever. Vou sentar minha bunda numa cadeira vermelha furada e esperar o ônibus passar. Talvez seja melhor assim.
“Zézim, ninguém te ensinará os caminhos. Ninguém me ensinará os caminhos. Ninguém nunca me ensinou caminho nenhum, nem a você, suspeito. Avanço às cegas. Não há caminhos a serem ensinados, nem aprendidos. Na verdade, não há caminhos. E lembrei duns versos dum poeta peruano (será Vallejo? não estou certo): ‘Caminante, no hay camino. Pero el camino se hace ai anda’.”
Caio Fernando Abreu, em carta de Dezembro de 1979.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Timóteo e Altamira
Altamira ficou mocinha com 14 anos, enquanto suas amigas todas ficaram com 12. Aquele desenvolvimento “tardio” orgulhou seu pai.
_Minha filha é moça direita! – dizia.
Logo a notícia da menstruação de Altamira se espalhou pela cidade e chegou aos ouvidos aguçados de Timóteo. O garoto, que já era homem, pensou que era tempo do primeiro passo em direção ao casório com a menina de pernas gordinhas.
O baile de Santo Antônio era uma das festas mais importantes da cidade, com dança e cantoria até quase meia-noite. Timóteo vestiu a sua melhor roupa, que era, no caso, uma calça jeans com apenas três remendos. Avistou Altamira logo da entrada. Ela usava um vestido estampado pelos joelhos, cabelos presos em grampos enferrujados. As pernas de Altamira não eram mais gordinhas, eram grossas, fortes, de mulher trabalhadeira. As ancas, perfeitas, de quem não sofrerá para parir os filhos de Timóteo.
Timóteo se aproximou. Os olhos de Altamira cresceram, os joelhos bateram-se. Ela há muito esperava por Timóteo, por seu peito peludo e por seus braços fortes. Quando ela viu os lábios do moço se abrindo, não se conteve.
Altamira saltou para Timóteo, encostando os lábios virgens nos lábios dele, que ela não sabia se eram virgens também. Foi tudo muito rápido e Timóteo não teve tempo de responder, de tomá-la nos braços e nem mesmo de notar os olhos assassinos do pai de Altamira.
O facão atravessou o salão de terra batida. O ofendido foi mais rápido que um tiro, mais rápido que águia. O sangue, que encharcou o chão, sujou o vestido estampado de Altamira. A menina, em soluços, foi arrastada pelo Pai, que a amarrou no pé da única cama que havia na casa deles.
“Em mulher minha ninguém põe a mão”.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Viva Tolkien
Por que catzo inventaram o poder?
Alguém aí em cima pode explicar?
A mulher é a perdição? Uma ova. É o poder.
Viva Tolkien.
Hoje sonhei com o Diabo. É sério. E com uma ponte rosa muito alta, que me levava pruma colônia.
O Diabo queria me pegar, mas depois ele ficava legal e tirava uma foto minha. Por que escrevo Diabo com letra maiúscula?
Morte à Consciência! Sejamos fúteis! Eu quero mais é ganhar dinheiro.
Na luta.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Era
E todo o resto. Mesmo aquilo que não pude ver. Tenho certeza de que era bela, de uma beleza recente, a de “depois dos 25”. Espero que entendam o que quero dizer. Sua beleza era não só imediata, era profunda, subcutânea, mas que de alguma forma aflorava antes que se pudesse conhecê-la melhor.
Porque nunca a conheci. Dela só sei o caminhar, os ombros estreitos. E talvez a beleza seja mesmo algo característico do momento, do relance. Ao contrário das incompletas, as coisas que não se completam são as mais belas.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
“Uma estudante de jornalismo que sonhava demais”
Eu não parei de sonhar. Mas tento sonhar com coisas possíveis. Pegar um ônibus vazio, não engordar e conseguir chegar em casa a tempo de ver aquele seriado americano.
As pessoas fúteis é que sabem viver.
Uma desculpa pra escrever
Li em algum lugar que a relação que temos com o café é a mesma que temos com o sexo.
Cachaça
Representa, aqui, todas as bebidas alcoólicas. Mas cachaça é a mais romântica.
Comprimido
Tenho dor de cabeça quando tenho fome, quando fico nervosa, quando estou ansiosa, quando vou menstruar. Em média uma cartela a cada 10 dias.